Me escondo dentro do meu vazio, e acho que até gosto do silêncio que ficou, não há mentiras aqui, não há nada, só o eco constante das lembranças, de algumas palavras já ditas, um eco que há noites que se repetem por horas e horas, sempre as mesmas palavras, sempre as mesmas vozes. Depois passa, volta o silencio. Ah como eu amo o silencio que fica depois que eu lembro de todas as coisas exatamente como aconteceram, revivendo momentos dentro da minha cabeça. Nunca neguei meu masoquismo, esse meu vicio de me machucar, de não querer esquecer, é melhor assim, sempre fui apaixonada por dor, me faz acreditar que eu ainda sou capaz de sentir alguma coisa.
Olhem para mim novamente, estou falando com se já estivesse com 80 anos, sem expectativa de vida alguma, mas é bem assim mesmo que me sinto, com 80 anos, mesmo não tendo nem um terço dessa idade. É como se nesses ultimos anos, nesses poucos anos eu tivesse vivido décadas e décadas dentro de apenas 365 dias. Parei no tempo, me agarrei nas lembranças do passado e me recuso a sair daqui, eu me recuso a abrir a ultima gaveta do meu guarda roupa e jogar no lixo todas as cartas, fotos, flores, e tantos outros objetos. É aqui que eu quero ficar, nesse meu mudinho de coisas velhas, de ecos durante a madrugada, essa é a unica maneira que eu sei viver.
Vim à net para encontrar novos amigos e ao mesmo tempo divulgar meu blog, encontrei o seu blog, e estive a ver algumas postagens e achei o seu blog muito bom, tenho de lhe dar os parabéns, pois é um blog que dá sempre vontade de vir aqui mais vezes.
ResponderExcluirO meu blog é o Peregrino E Servo, se tiver tempo ou se desejar pode fazer-lhe uma visita e se gostar faça o sentir no seu coração, saiba porém que nunca deixei alguém ficar mal.
Desejo paz e saúde para si e para o seu lar.
Sou António Batalha.