quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Um pé depois do outro.
Deixei de escrever, de falar, de me abrir. Deixei de sorrir e de querer viver, ninguém me brigou a parar, ninguém me machucou além de mim mesma, algumas marcas são evidentes, os pulsos cerrados, o estomago e o psicológicos detonados. Pois é, eu surtei, perdi o controle, depois de meses me torturando com lembranças, me magoando com palavras, gestos, me estressando com uma dor de cabeça fora da normalidade. Foi assim que eu foi parar em uma clinica de saúde mental, é insano, triste e estranho, eu sei, e tudo isso me assusta, os remédios fortes, os olhos atentos de todos ao meu redor, a culpa. Tudo parece ter ficado mais difícil agora, aprender a disfarçar as expressões do meu rosto e as mãos tremulas para não preocupar ninguém, segurar a dor, a vontade intensa de chorar, criar coragem para levantar da cama e ir trabalhar. Ter que voltar toda semana para aquele lugar e falar da minha vida para pessoas estranhas e são por causa dessas pessoas que eu estou escrevendo, eles acham que isso pode me fazer bem, é estou seguindo orientações, e esse foi o primeiro passo de quem assim como uma criança tem que aprender a andar, mesmo que o trauma das quedas as impeçam de levantar e tentar novamente.
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