segunda-feira, 25 de junho de 2012

E todos os castigos caíram sobre mim


Eu caio sentada no corredor entre o meu quarto e o banheiro, é tão frio e cheira solidão, então permito que caiam as lagrimas, choro até ter ânsia de vômito, o tempo me atropela e eu não me importo, continuo aqui ainda com a mesma roupa de ontem, a mesma dor de ontem. E toda essa culpa que foi jogada sobre mim pesa tanto, é um fardo muito maior do que o meu corpo fragilizado pela falta de alimentos pode carregar. Eu vou escrever até os meus dedos sagrarem, vou escrever aquilo que você nunca vai ler, eu vou gritar até a minha garganta secar, vou ouvir musicas até meus tímpanos estourarem. Eu deixo o telefone tocar, a água do chuveiro escorrer, a cama à arrumar, os livros no chão. Eu acordo no meio da noite para chorar e surrar o travesseiro, eu assisto filmes melancólicos, aqueles filmes que eu sempre odiei por achar coisa de ''menininha'', mas é assim que eu exatamente me sinto como uma garotinha que perdeu seu ursinho de pelúcia preferido e agora não conhece dormir.

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